Caminhos de Villaronga

Riqueza cultural do Vale do Paraíba ganha novo capítulo

com lançamento do guia turístico e ilustrado 

Projeto do Instituto Aupaba, com apoio do Governo da Catalunha, lançado dia 4 de novembro, no Centro Cultural Cazuza, em Vassouras

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Da Catalunha para o Vale do Paraíba! Essa é a história do pintor e decorador José Maria Villaronga que, mais de um século depois, sai do esquecimento para inspirar a autora, Ana Cláudia de Paula Torem, uma das maiores especialistas em pintura decorativa do Brasil, a se unir ao Instituto Aupaba, e refazer os caminhos percorridos por Villaronga que também contam a história do Brasil cafeeiro do século XIX.

O catálogo ilustrado Caminhos de Villaronga, do artista que deixou suas pinturas-decorações nos casarões, fazendas e igrejas principalmente no Vale do Paraíba fluminense e paulista, será lançado no 4 de novembro, às 14 horas no Centro Cultural Cazuza, no centro de Vassouras, estado do Rio de Janeiro. Durante o evento, haverá distribuição gratuita do catálogo e, para aqueles que não puderem comparecer, estará disponível para download gratuito, no site www.institutoaupaba.org.

O catálogo, em inglês e português, é um guia turístico e ilustrado do Vale do Paraíba, um roteiro das casas, fazendas e igrejas pintadas por Villaronga, envolvendo 15 municípios da região, que percorre também a vida e obra do artista.

A autora Ana Cláudia de Paula Torem estará presente no lançamento para compartilhar detalhes surpreendentes sobre esse artista extraordinário. Também haverá uma exposição de fotografia com as pinturas de José Villaronga nas fazendas do Vale do Paraíba e uma visita guiada ao Casarão do Barão de Itambé. O evento é uma realização do Instituto Aupaba e Governo da Catalunha no Brasil, com apoio da Universidade de Vassouras, Secretaria de Cultura de Vassouras e do Vale do Café Convention & Visitors Bureau.

Contexto

O Vale do Paraíba foi um dos grandes palcos da riqueza e da diversidade cultural no Brasil do século XIX. A prosperidade da região estava intimamente ligada à produção de café, cuja força transformou não só a economia, mas também as paisagens e o modo de vida local.  E Villaronga está entre os muitos personagens desse cenário, que encontrou na região as oportunidades de que precisava para desenvolver seu ofício e oferecer uma expressão estética que combinava a opulência das fazendas e as paisagens locais. Apesar da quantidade de obras encontradas na região atribuídas ao pintor catalão, ele permaneceu mais de um século no esquecimento.  O catálogo é fruto de anos de pesquisa e dedicação de Ana de Paula Torem e do desejo de tornar Villaronga, esse interessante imigrante catalão, uma figura central na história artística do Vale do Paraíba.

Sobre o Instituto Aupaba

O Instituto Aupaba (do Tupi-guarani “terra de origem”) é uma organização não governamental e sem fins lucrativos que nasce em 2023 como um hub de projetos dedicado a ações e iniciativas de impacto voltadas para o aprimoramento social, ambiental e cultural do território. De maneira criativa, inovadora e enxuta, desenvolve projetos e também oferece expertise na elaboração e execução de programas ambientais, culturais e educacionais que visem apoiar o desenvolvimento local onde o turismo pode ser um instrumento de transformação social e econômica. Sob a presidência de Luciana De Lamare, cofundadora e profissional com mais de 20 anos de experiência no setor de turismo, o Instituto Aupaba destaca-se por sua governança transparente, idônea e dinâmica. Seu Conselho Estratégico é composto por 45 membros e líderes nas áreas ambiental, de cultura, turismo e ciência política, refletindo a pluralidade e o compromisso do Instituto com a inclusão. Conheça mais nossas atividades em nossos canais no Instagram, LinkedIn e YouTube.

Matéria de Lançamento do Catálogo.

 

Mais informações para a imprensa: imprensa@institutoaupaba.org

Christiane Paiva Chaves | (21) 99987.5585

Karina Mosmann | (11) 98690.7444

 

Missão Caminhos de Villaronga

 

O Vale do Café fluminense e o Vale Histórico paulista, já conhecidos por sua rica história e beleza natural, recebeu em fevereiro uma visita ilustre que marcou não apenas um encontro entre culturas, mas também o início de uma colaboração promissora. O Instituto Aupaba, liderado pela presidente Luciana De Lamare, teve a honra de receber Paula Mèlich Bonet, representante do Governo da Catalunha no Brasil, para apresentação do roteiro artístico e cultural “Caminhos de Villaronga” e da também pintora decoradora, a PhD. Ana Claudia de Paula Torem, que defendeu sua tese de Doutorado sobre vida e obra do artista catalão que viveu no Vale do Paraíba na segunda metade do século 19.

Durante os dias 19 a 21 de fevereiro de 2024, a região testemunhou um evento histórico, com a primeira visita oficial da representante fora da região metropolitana do Rio de Janeiro, e a primeira presença oficial da região autônoma da Catalunha no Brasil.

O propósito dessa visita foi além de estreitar laços entre a Catalunha e o Vale do Café, buscando associar o território à rica herança cultural e artística, posicionando o Brasil como um destino cultural de destaque. Além disso, visou fomentar a produção acadêmica, o turismo e a geração de emprego nas localidades contempladas.

Um dos destaques dessa visita foi a apresentação do roteiro “Caminhos de Villaronga”, inspirado no legado do renomado artista e arquiteto catalão José Maria Villaronga Panella. Para muitos na Catalunha, Villaronga ainda é um desconhecido, mas sua influência na região do Vale do Café é profunda e significativa.

A jornada contou com a presença de figuras proeminentes, como a pintora-decoradora e pesquisadora Dra. Ana Torem, especialista nas obras de Villaronga, e representantes das comunidades locais, incluindo autoridades como o historiador Angelo Ferreira Monteiro e a secretária de Cultura de Vassouras, Angela Maria da Silva.

Durante o percurso, os participantes puderam explorar fazendas históricas, como a do Paraízo e o Palácio Barão de Itambé, em Vassouras, e conhecer mais sobre a presença e influência de Villaronga na região.

Além do Vale do Paraíba Fluminense, a visita se estendeu à cidade de Bananal, onde o artista catalão viveu e trabalhou. Locais como a Fazenda Resgate e a Igreja Matriz testemunham sua contribuição artística e cultural para a região.

Um dos pontos altos da visita foi a Fazenda dos Coqueiros, principal fazenda histórica aberta à visitação na região, que recebeu calorosamente o grupo.

O Instituto Aupaba, que coordenou e organizou toda a visita, tem como objetivo atrair apoiadores e patrocinadores para o roteiro artístico-cultural “Caminhos de Villaronga”. Com um alcance estimado de mais de 10 mil pessoas através de versões físicas e digitais do roteiro, e ainda mais dois milhões de visitantes nas regiões abrangidas, o projeto promete impactar positivamente o turismo e a cultura local.

Esta visita oficial marca um marco significativo no fortalecimento das relações entre o Vale do Café e a Catalunha, abrindo portas para uma colaboração frutífera no campo da arte, da cultura, da educação e do turismo internacionalmente qualificado.

Esteja por dentro dos encantos e mistérios do pintor espanhol Villaronga e suas obras visitando o link: Quem foi Villaronga?

 

Instituto Aupaba e Projetos Aprovados na Lei Rouanet: Oportunidades de Patrocínio

 

O Instituto Aupaba é uma organização dedicada ao desenvolvimento territorial, com uma forte ênfase na regeneração cultural e ambiental através do turismo. Com vários projetos aprovados pela Lei de Incentivo Fiscal, a Lei Rouanet, o Aupaba busca parceiros e patrocinadores que compartilhem de sua visão de criar impactos positivos duradouros em comunidades e no meio ambiente. Aqui, destacamos nossos principais projetos aprovados pelo Ministério da Cultura, além de nossa filosofia de governança, transparência e compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

 

Valores e Governança do Instituto Aupaba

 

O Aupaba atua com transparência e responsabilidade, oferecendo uma sólida governança e prestação de contas clara aos seus parceiros. Nossa gestão eficiente assegura o cumprimento rigoroso de metas e resultados, alinhados aos valores institucionais de inovação, inclusão e sustentabilidade. Apoiamos empresas que desejam investir em projetos que transcendem o retorno econômico, promovendo impactos sociais, culturais e ambientais relevantes. Ao patrocinar nossos projetos, você terá a oportunidade de associar sua marca a causas nobres, consolidando sua imagem como agente de transformação.

 

Conheça nossas Instâncias de Governança:

Diretoria & Conselho Fiscal

Conselho Estratégico

Comitê de Governança

 

Projetos Aprovados na Lei Rouanet para 2025

 

Rota Afrofuturista RJ

Objetivo: Promover e valorizar a cultura afro-brasileira no Rio de Janeiro, criando um legado que resgate o passado e projete um futuro mais inclusivo.

  • ODS Alinhados: Redução das Desigualdades, Educação de Qualidade, Trabalho Decente, Cidades Sustentáveis.
  • Valor Aprovado: R$ 869.863,23
  • Cotas de Patrocínio: A partir de R$ 50 mil
  • Impactos Esperados: 20 mil pessoas impactadas diretamente, mais de 2 milhões de visitantes nas áreas abrangidas.
  • Número de Aprovação: 2316366
Clique aqui para conhecer a Rota Afrofuturista!

 

Descobrindo os Caminhos de José Maria Villaronga y Panella

Objetivo: Resgatar o legado do pintor catalão do século XIX, promovendo o turismo e a produção cultural nos Vales do Paraíba e do Café.

  • ODS Alinhados: Indústria, Inovação e Infraestrutura, Educação de Qualidade, Trabalho Decente.
  • Valor Aprovado: R$ 354.618,00
  • Cotas de Patrocínio: A partir de R$ 30 mil
  • Impactos Esperados: 10 mil pessoas diretamente impactadas, com grande alcance em comunidades espanholas e catalãs.
  • Número de Aprovação: 2311135
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Guia do Patrimônio Cultural Ferroviário Brasileiro

Objetivo: Preservar e valorizar o patrimônio ferroviário no Sudeste, promovendo o turismo consciente e sustentável.

  • ODS Alinhados: Trabalho Decente e Crescimento Econômico, Cidades Sustentáveis, Ação Contra Mudança Climática.
  • Valor Aprovado: R$ 407.983,62
  • Cotas de Patrocínio: A partir de R$ 40 mil
  • Impactos Esperados: 10 mil pessoas diretamente impactadas, com envolvimento de mais de 100 municípios.
  • Número de Aprovação: 2315146
Clique aqui para conhecer o Guia do Patrimônio Cultural Ferroviário Brasileiro!

 

Circuito das Águas do Rio Antigo

Objetivo: Conscientizar sobre o uso sustentável da água, preservando o patrimônio histórico-cultural associado às antigas companhias de água do Rio de Janeiro.

  • ODS Alinhados: Água Potável e Saneamento, Saúde e Bem-Estar, Cidades Sustentáveis.
  • Valor Aprovado: R$ 370.344,69
  • Cotas de Patrocínio: A partir de R$ 40 mil
  • Impactos Esperados: 10 mil pessoas diretamente impactadas, mais de 2 milhões de visitantes nas regiões contempladas.
  • Número de Aprovação: 2315145
Clique aqui para conhecer o Circuito das Águas do Rio Antigo!

 

Caminhos de Clarice Lispector

Objetivo: Valorizar a literatura e contribuir para o turismo cultural no Rio de Janeiro, promovendo roteiros ligados à vida de Clarice Lispector.

  • ODS Alinhados: Educação de Qualidade, Igualdade de Gênero, Trabalho Decente e Crescimento Econômico, Cidades Sustentáveis.
  • Valor Aprovado: R$ 195.312,00
  • Cotas de Patrocínio: A partir de R$ 20 mil
  • Número de Aprovação: 235569
Clique aqui para conhecer Caminhos de Clarice Lispector!

 

Projetos Sob Medida e Oportunidades de Patrocínio

Além dos projetos já aprovados pela Lei Rouanet, o Instituto Aupaba também desenvolve projetos sob medida, adaptados às necessidades e ao perfil de cada patrocinador. Nossa equipe é especializada em criar soluções inovadoras, que não apenas atendam aos critérios de sustentabilidade e impacto cultural, mas que também promovam retornos significativos em termos de visibilidade e associação com causas de relevância global.

 

Por Que Patrocinar os projetos do Instituto Aupaba?

Ao investir em nossos projetos, você estará associando sua marca a iniciativas que promovem transformação cultural, inclusão social, preservação ambiental e desenvolvimento econômico. Nossa abordagem de desenho regenerativo vai além do turismo regenerativo, integrando comunidades locais e fortalecendo identidades culturais e bioculturais. Acreditamos que, juntos, podemos criar um futuro mais sustentável e inclusivo.

Para saber mais ou discutir oportunidades de patrocínio, entre em contato conosco através de nossos canais institucionais.

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Turismo Sustentável e Turismo Regenerativo: A Evolução de uma Nova Consciência no Brasil

Nos últimos anos, o turismo vem passando por uma profunda transformação, alinhando-se com valores de preservação ambiental e respeito às culturas locais. Nesse cenário, dois conceitos têm se destacado como pilares dessa evolução: o turismo sustentável e o turismo regenerativo. Embora ambos compartilhem a preocupação com o impacto das atividades turísticas, há uma diferença crucial que os separa: enquanto o turismo sustentável busca minimizar danos, o turismo regenerativo visa ir além, promovendo a recuperação e o fortalecimento dos ecossistemas e das comunidades afetadas.

A partir da evolução do turismo sustentável, o turismo regenerativo surge como uma resposta inovadora aos desafios ambientais e sociais enfrentados por destinos ao redor do mundo. O turismo sustentável, historicamente, baseia-se na ideia de preservar o que já existe, buscando minimizar o impacto humano sobre o meio ambiente e as comunidades. Esse modelo propõe práticas que envolvem desde a gestão eficiente de recursos naturais até a promoção de um turismo mais inclusivo, garantindo que as comunidades locais se beneficiem economicamente das atividades turísticas sem comprometer sua cultura e modo de vida. Apesar de seu valor indiscutível, o turismo sustentável limita-se, muitas vezes, a ser uma prática de manutenção — uma tentativa de mitigar os danos já causados ​​pela exploração desordenada

Por outro lado, o turismo regenerativo vai além dessa proposta conservadora. Ele não se contenta em apenas preservar o meio ambiente; seu objetivo é restaurar e regenerar o que foi danificado, seja o ecossistema natural ou as culturas locais que foram impactadas em níveis pelo turismo convencional. Essa abordagem transformadora promove uma relação de troca entre o visitante e o ambiente, onde o turista não é apenas um coletor, mas um agente ativo na recuperação dos locais que visita. No contexto do turismo regenerativo, o envolvimento profundo do visitante com o meio ambiente permite a criação de experiências significativas, que não só promovem a cura dos ecossistemas, mas também a regeneração interna do próprio turista.

No Brasil, esse conceito começa a ganhar força, com iniciativas que se concentram em áreas naturais de grande valor ambiental e cultural. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica, que já enfrentam diversas manipulações devido à exploração econômica, se tornam ideais para a implementação de práticas regenerativas. Ao adotar esse modelo, o turismo regenerativo não apenas ajuda na recuperação da biodiversidade local, mas também valoriza e fortalece as comunidades que ali vivem, promovendo uma relação mais equilibrada e harmônica entre os seres humanos

Dessa forma, ao comparar turismo sustentável e regenerativo, percebemos que, enquanto o primeiro se concentra na manutenção e preservação, a segunda busca uma intervenção ativa e consciente, capaz de curar o que foi prejudicado e criar um novo paradigma de turismo, mais sensível às necessidades do planeta.

Turismo Sustentável: Preservar para Continuar

O conceito de turismo sustentável surgiu como uma resposta à crescente conscientização sobre os impactos negativos do turismo de massa. Ele propõe um equilíbrio entre o desenvolvimento turístico e a conservação dos recursos naturais e culturais. A premissa é simples: o turismo pode e deve ser uma força para o bem, desde que haja planejamento e responsabilidade. Isso inclui a preservação ambiental, o envolvimento das comunidades locais e a manutenção da viabilidade econômica dos destinos.

No turismo sustentável, o foco está em preservar o que já existe, assegurando que as gerações futuras também possam usufruir dessas riquezas. Práticas como a redução de resíduos, o uso consciente dos recursos naturais e o respeito às tradições culturais são elementos centrais. No entanto, apesar de sua relevância, o turismo sustentável, por si só, pode ser limitado ao atuar de maneira preventiva, sem promover uma transformação mais profunda dos ambientes e comunidades.

Turismo Regenerativo: Restaurar para Evoluir

É nesse ponto que o turismo regenerativo entra em cena, propondo uma visão mais abrangente e proativa. Em vez de apenas não causar danos, o turismo regenerativo busca revitalizar ecossistemas e culturas que foram degradadas ou subutilizadas ao longo do tempo. Ele se baseia na ideia de que a atividade turística pode ser uma força ativa de regeneração, promovendo a recuperação de áreas naturais, fortalecendo a cultura local e, mais importante, criando uma conexão mais profunda entre os visitantes e os destinos.

Ao contrário do turismo sustentável, que preserva, o turismo regenerativo tem como objetivo recuperar e revitalizar. Isso se manifesta em iniciativas que vão além do “não causar impacto”, como o apoio a projetos de reflorestamento, a regeneração de solos degradados e o fortalecimento das comunidades locais por meio da valorização de suas tradições e saberes. Mais do que evitar a degradação, o turismo regenerativo oferece ao turista a oportunidade de se tornar parte ativa da solução, contribuindo para o renascimento dos locais visitados.

O Viés do Turismo Regenerativo em Nosso Trabalho

No Brasil, a aplicação do turismo regenerativo ganha uma importância ainda maior, dada a rica biodiversidade e o vasto patrimônio cultural que o país abriga. No entanto, essa riqueza também torna os desafios maiores, especialmente em áreas que sofreram com o turismo desordenado e a exploração de recursos naturais.

No trabalho que desenvolvemos com o Vivah Experiências, o foco está em criar vivências imersivas na natureza, onde a regeneração interna dos participantes é tão importante quanto a regeneração dos ambientes. Através de experiências que combinam contato direto com a natureza e práticas de bem-estar, como meditação e autoconhecimento, buscamos não apenas restaurar ecossistemas, mas também promover uma transformação pessoal profunda. Acreditamos que a cura e o equilíbrio de um indivíduo estão intrinsecamente ligados à revitalização dos ambientes naturais ao seu redor.

Nossas experiências ocorrem prioritariamente em áreas naturais como florestas, praias e ambientes rurais, onde o visitante se conecta diretamente com a terra e suas energias. Nesse processo, o turista deixa de ser um mero espectador para se tornar um agente ativo na regeneração do local, contribuindo para a restauração de ecossistemas e comunidades.

O Futuro do Turismo Regenerativo no Brasil

À medida que o turismo regenerativo se consolida como uma prática transformadora, ele aponta para o futuro do setor, onde a sustentabilidade não é o ponto final, mas o ponto de partida. O Brasil, com sua vasta diversidade ecológica e cultural, tem o potencial de se tornar um dos principais destinos de turismo regenerativo no mundo. O desafio está em ampliar essa consciência, tanto entre os turistas quanto entre os gestores de destinos, criando uma nova cultura de turismo que vai além do preservacionismo e abraça a regeneração como um caminho para o futuro.

O que propomos com o Vivah Experiências é uma jornada de reconexão, onde o visitante se transforma enquanto transforma o ambiente ao seu redor. A regeneração, tanto interna quanto externa, é o coração do nosso trabalho e acreditamos que ela é o caminho para um turismo verdadeiramente transformador.

O turismo regenerativo é, portanto, uma evolução natural do turismo sustentável, convidando-nos a olhar além da conservação e a adotar uma postura ativa de reparação e revitalização, tanto dos destinos que visitamos quanto de nós mesmos.

Por meio dessa abordagem inovadora, o Brasil pode não só proteger suas belezas naturais e culturais, mas também regenerá-las, garantindo que futuras gerações possam vivenciar a verdadeira riqueza que este país tem a oferecer. O turismo regenerativo não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para um futuro mais sustentável e próspero.

Turismo Sustentável no Brasil: https://www.gov.br/turismo/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/turismo-responsavel

Turismo Regenerativo e Sustentável no Brasil:https://www.ecodebate.com.br/2024/07/12/ecodebate-indice-da-edicao-n-4-164-de-12072024/

Por Claudia Blands

Claudia Blands, especialista en Turismo Regenerativo y fundadora de Vivah Experiencias Regenerativas. Con formación en Gestión de Turismo Sostenible y una amplia experiencia en el desarrollo de iniciativas que buscan reconectar a las personas con la naturaleza, trabaja para transformar el turismo en una herramienta de regeneración ambiental, social y cultural. A lo largo de su trayectoria, ha participado en proyectos de impacto en diversas regiones, siempre con el objetivo de promover viajes que inspiren una conexión profunda y transformadora. En su columna en el Instituto Aupaba, muestra cómo el turismo regenerativo es una invitación a mirar hacia adentro, sanarse y, a partir de esa transformación personal, impactar positivamente el medio ambiente y las comunidades.

Responsabilidade Social e Impacto Positivo

 

A responsabilidade social é frequentemente discutida como uma prática que visa reduzir os impactos negativos das atividades humanas sobre o meio ambiente e as comunidades. No entanto, quando vista pelo viés das experiências regenerativas, ela se expande para além da mitigação de danos. O conceito de regeneração não busca apenas preservar o que resta, mas restaurar o que foi degradado, promovendo a renovação tanto do ambiente quanto das pessoas e das comunidades envolvidas. Nesse contexto, as práticas regenerativas se destacam por sua capacidade de transformar não apenas ecossistemas, mas também os seres humanos, gerando um impacto socioambiental positivo e duradouro.

 

Além da Sustentabilidade Convencional

As práticas regenerativas vão além da sustentabilidade convencional, focando na recuperação ativa de ecossistemas e no fortalecimento das comunidades locais. A responsabilidade social, nesse sentido, envolve a criação de um ciclo virtuoso, onde os impactos positivos se acumulam e se espalham, beneficiando tanto a natureza quanto os indivíduos.

 

Inclusão Social e Valorização Cultural

Projetos regenerativos dependem da participação ativa das comunidades locais, respeitando suas culturas e saberes tradicionais. Ao engajar as populações locais nos processos de regeneração, o tecido social é fortalecido e as economias regionais ganham um novo impulso. As comunidades tornam-se protagonistas de seu próprio desenvolvimento, criando valor tanto para si quanto para o ambiente ao seu redor.

 

Regeneração Ambiental como Pilar Central

A regeneração ambiental é um pilar central das práticas regenerativas. Além de preservar, essas práticas restauram ecossistemas, promovendo a recuperação de áreas degradadas, o reflorestamento e a restauração da biodiversidade. Empresas e projetos regenerativos assumem a responsabilidade de garantir que suas ações beneficiem o ambiente, permitindo que os recursos naturais sejam restaurados e utilizados de forma sustentável.

 

Logística Reversa e Ciclo de Vida dos Produtos

A logística reversa e a economia circular são conceitos fundamentais nas experiências regenerativas. Cada etapa do ciclo produtivo é planejada para minimizar o desperdício e regenerar os recursos utilizados. Assim, o impacto negativo é reduzido, e a regeneração se torna parte do processo contínuo de produção e consumo.

Saúde e Bem-estar das Comunidades

A regeneração ambiental e social também envolve a melhoria da qualidade de vida nas comunidades. Isso inclui garantir o acesso à saúde, saneamento e educação, criando um ambiente em que as pessoas possam prosperar de maneira sustentável. A responsabilidade social regenerativa, portanto, abrange tanto o cuidado com o ambiente quanto o bem-estar das pessoas.

 

Experiências Regenerativas: Cura e Transformação

As experiências regenerativas impactam positivamente tanto o meio ambiente quanto as comunidades, além de promoverem a cura e a transformação dos indivíduos. Elas se baseiam na ideia de que a reconexão com a natureza e o esforço para regenerar o que foi degradado resultam também em uma regeneração interna, promovendo equilíbrio emocional, mental e espiritual.

Muitas dessas práticas ocorrem em ambientes naturais, onde as pessoas são incentivadas a se conectar profundamente com o ecossistema ao seu redor, compreendendo a interdependência entre seres humanos e natureza. Atividades como trilhas, meditação em áreas preservadas e projetos de restauração ambiental facilitam essa reconexão, proporcionando uma sensação de pertencimento e propósito. Isso contribui para a redução do estresse, melhoria do bem-estar emocional e maior clareza sobre o papel do indivíduo no mundo.

 

A Interação Entre a Regeneração Pessoal e Ambiental

O contato com a natureza regenerada traz benefícios diretos, como a redução da pressão arterial, a melhora do humor e o aumento da criatividade. A regeneração ambiental serve como um espelho para a cura interna: ao participar de ações como o plantio de árvores ou a limpeza de áreas degradadas, o indivíduo se percebe parte de algo maior, experimentando uma transformação pessoal.

Essa regeneração interna tem um impacto na comunidade. Pessoas emocionalmente saudáveis tendem a ser mais conscientes das necessidades dos outros, engajando-se em práticas responsáveis e iniciativas em prol do bem comum. A vivência da regeneração da natureza inspira os indivíduos a aplicar esses princípios em seus relacionamentos e no cotidiano, criando um ciclo de influência positiva.

 

Um Futuro de Equilíbrio e Harmonia

Além da questão ambiental, essas iniciativas promovem inclusão social, acesso à saúde e educação, fortalecendo as comunidades. A verdadeira transformação ocorre quando o indivíduo, ao se reconectar com a natureza e participar da regeneração, experimenta uma cura interna que reflete em seu bem-estar emocional e mental.

O contato com ambientes regenerados reduz o estresse, melhora o humor e estimula a criatividade, evidenciando a interdependência entre a saúde humana e a preservação da natureza. Ao se sentir parte de um ciclo regenerativo, o indivíduo adquire um novo senso de propósito e uma visão mais integrada e colaborativa da vida, o que reverbera positivamente em sua comunidade.

Portanto, a responsabilidade social regenerativa vai além da preservação ambiental. Ela integra o bem-estar humano com a regeneração da natureza, promovendo uma conexão profunda entre as pessoas e o planeta. Essas práticas apontam para um futuro mais sustentável e equilibrado, onde seres humanos e natureza coexistem em harmonia, em um ciclo contínuo de cura e renovação. Essa é a essência das experiências regenerativas: transformar o mundo ao transformar as pessoas.

Responsabilidade Social é Impacto Positivo!

 

Por Claudia Blands

 

Sou Claudia Blands, especialista em Turismo Regenerativo e fundadora da Vivah Experiências Regenerativas. Com formação em Gestão de Turismo Sustentável e vasta experiência no desenvolvimento de iniciativas que buscam reconectar as pessoas com a natureza, venho atuando para transformar o turismo em uma ferramenta de regeneração ambiental, social e cultural. Ao longo da minha trajetória, participei de projetos de impacto em diversas regiões, sempre com o objetivo de promover viagens que inspirem uma conexão profunda e transformadora. Na minha coluna no Instituto Aupaba, mostro como o turismo regenerativo é um convite para olhar para dentro, curar-se e, a partir dessa transformação pessoal, impactar positivamente o meio ambiente e as comunidades.

Claudia Blands, especialista em Turismo Regenerativo e fundadora da Vivah Experiências Regenerativas. Com formação em Gestão de Turismo Sustentável e vasta experiência no desenvolvimento de iniciativas que buscam reconectar as pessoas com a natureza, atua para transformar o turismo em uma ferramenta de regeneração ambiental, social e cultural. Ao longo da sua trajetória, participou de projetos de impacto em diversas regiões, sempre com o objetivo de promover viagens que inspirem uma conexão profunda e transformadora. Em sua coluna no Instituto Aupaba, mostra como o turismo regenerativo é um convite para olhar para dentro, curar-se e, a partir dessa transformação pessoal, impactar positivamente o meio ambiente e as comunidades.

Governança do Instituto Aupaba

 

Instituto Aupaba apresenta oficialmente sua Governança

O Instituto Aupaba, uma ONG sem fins lucrativos, celebrou recentemente seu primeiro aniversário e com ele, a inauguração do Conselho Estratégico. Sob a liderança de Luciana De Lamare, cofundadora e presidente, o instituto se destaca por seu compromisso com práticas sustentáveis e projetos inovadores na área de turismo regenerativo e desenvolvimento territorial.

O novo Conselho Estratégico reúne 40 líderes das áreas da Cultura, Academia, Educação, Turismo, Meio ambiente e Ciência Política. Segundo Luciana De Lamare, essa formação é um marco pioneiro no setor, refletindo um modelo de governança alinhado aos padrões internacionais de compliance.

A estrutura organizacional do Instituto é robusta, compreendendo a Diretoria Estatutária, o Conselho Fiscal, o Comitê de Governança e, agora, o Conselho Estratégico. Este último será presidido por Renata Vilarinho, advogada especialista em Direito Ambiental e em Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness. Com mais de 15 anos de atuação em sustentabilidade, Vilarinho liderará uma equipe diversificada, com representantes de várias regiões do Brasil e de países como Alemanha, Suíça, Portugal, Grécia, Estados Unidos, Chile e Colômbia.

Além disso, o Comitê de Governança, liderado por Patrícia Bentes, profissional com mais de 35 anos de experiência em governança corporativa e gestão de riscos, inclui figuras proeminentes como Dione Assis, fundadora da plataforma BlackSisters in Law, e Simone Rovigatti, ex-diretora no IDG/Museu do Amanhã. Este grupo está empenhado em promover práticas de governança que são tanto transparentes quanto inclusivas.

Os objetivos principais do conselho envolvem fomentar a diversidade no setor turístico, promover o desenvolvimento territorial integrado e estabelecer parcerias que fortaleçam as capacidades das comunidades e instituições locais. Este novo corpo reflete o compromisso do Instituto com a inclusão, sendo constituído por 65% de mulheres, além de um Comitê de Governança e uma Diretoria Estatutária com significativa representação feminina, todas líderes comprometidas com a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade.

Com esta nova estrutura de governança, o Instituto Aupaba reforça seu compromisso com a promoção de projetos voltados para a cultura regenerativa para turismo e o desenvolvimento integral do território, gerando um impacto positivo tanto nas comunidades locais quanto no meio ambiente.

Conselho Estratégico (2024-2026)

Renata Villarinho (Presidente)
Aleksandra Ristovic
Antonio Tavares da Silva
António Marto
Arilmara Abade Bandeira
Beatriz (Tiza) Vidal
Carolina de Oliveira Machado

Cristina Calheiros
Bianca  Maleck
Claudia Luna
Cristina Braga
Daniel Ribeiro
Emmanuel Rengade
Fabrinni Monteiro dos Santos
Fabio Campos
Fabio do Nascimento
Fabio Rubio Scarano
Conde Francisco Silva de Calheiros e Menezes
Guilherme Syrkis

Fernanda Lopes
Helen Pomposelli
Henrique Pistilli
Inessa Salomão
Jaqueline Ferreira Lima
Letícia Lima
Luana Cloper
Luana de Assis
Luciano Pereira
Luisa da Costa de Moraes

Loes Damhof
Marcela Escovar
Maria Alice Nunes de Campos
Maria Amália Silva Alves de Oliveira
Maria de Fatima da Silveira Santos
Mariana  Scaldini
Maritta Rogalla von Bieberstein Koch-Weser
Nicolas Godel
Olivia Souza Cruz

Priscila Bentes
Raúl Andrés Vergara Montoya
Sandro Madeira
Sergio Olaya
Stavroula Zervoulakou
Taíssa Lima Torres
Thini-á Fulni-ô

 

Comitê de Governança

Patrícia Bentes (Presidente)
Dione Assis
Jane Sampaio
Renata Vilarinho
Simone Rovigati

Conselho Fiscal

Flávio Maleck
Pedro Leão Bispo
Claudia Jorgina Araújo da Costa

Diretoria Estatutária
Co fundadores

Luciana De Lamare
Maurício Ruiz Branco
Jane Sampaio
Luciana Gama Muniz

 

*A foto que ilustra esse artigo foi gentilmente cedida pela plataforma Unsplash e o fotógrafo Ian Schneider.

Projetos Regenerativos – Da Sustentabilidade  à Cultura

Os projetos desempenham um papel crucial na construção de comunidades resilientes, promovendo mudanças positivas e abordando uma variedade de questões sociais, ambientais e culturais. De iniciativas focadas na sustentabilidade ambiental a projetos que celebram e preservam a diversidade cultural, há uma ampla gama de tipos de projetos que visam impactar positivamente o mundo ao nosso redor, compondo um ambiente mais regenerativo para o setor.

Tipos de projetos regenerativos:

  1. Projetos de Sustentabilidade Ambiental: Estes projetos têm como objetivo promover a regeneração e conservação de ecossistemas e a adoção de práticas sustentáveis. Isso pode incluir iniciativas de reciclagem, redução de emissões de carbono, conservação da biodiversidade e educação ambiental. A compensação de carbono em si, enquanto recurso comercial, deve ser evitado. O ideal dos projetos ambientais é ajudar a melhorar as boas práticas, educar e apoiar a mudança sistêmica de comportamento de empresas, instituições e pessoas.
  2. Projetos Sociais e Comunitários: Esses projetos concentram-se em melhorar a qualidade de vida das comunidades, abordando questões como pobreza, acesso à saúde, educação e emprego. Eles podem envolver a construção de infraestrutura, programas de capacitação, assistência social e apoio a grupos diversos. É fundamental que gere alternativa de emprego e empreendedorismo atendendo às demandas dos públicos contemplados.
  3. Projetos de Desenvolvimento Econômico: Esses projetos visam estimular o crescimento econômico e promover o desenvolvimento sustentável. Isso pode incluir iniciativas de empreendedorismo, desenvolvimento de cadeias produtivas locais, microfinanças e programas de capacitação profissional.
  4. Projetos Culturais e Artísticos: Estes projetos celebram e preservam a diversidade cultural, promovendo a expressão artística, o patrimônio cultural e o intercâmbio cultural. Isso pode incluir festivais, exposições, workshops e programas de educação cultural. Mas não só. O ideal é que sejam híbridos e viabilizem a abertura de portas profissionais aos envolvidos.
  5. Projetos de Educação e Capacitação: Esses projetos têm como objetivo promover o acesso à educação de qualidade e o desenvolvimento de habilidades em diferentes áreas. Isso pode incluir programas de alfabetização, treinamento profissional, educação ambiental e acesso à tecnologia.
  6. Projetos de Saúde e Bem-Estar: Esses projetos visam promover a saúde e o bem-estar das comunidades e pessoas, abordando questões como prevenção de doenças, acesso a cuidados de saúde, nutrição, saúde mental, conexão com a natureza e promoção de estilos de vida saudáveis.
  7. Projetos de Inovação e Tecnologia: Estes projetos exploram soluções inovadoras para desafios sociais, ambientais e econômicos, utilizando tecnologias emergentes e abordagens criativas. Isso pode incluir iniciativas de tecnologia limpa, acesso à internet, desenvolvimento de aplicativos e plataformas digitais.
  8. Projetos de Direitos Humanos e Justiça Social: Esses projetos lutam contra a discriminação, promovem a igualdade de gênero, os direitos das minorias e a justiça social. Isso pode incluir campanhas de conscientização, defesa de direitos, assistência jurídica e apoio a vítimas de violações de direitos humanos.

Os tipos de projetos são diversos e abrangem uma ampla gama de áreas e setores. É fundamental que sejam pensados e elaborados para inovar e promover o bem estar planetário e global.

Desde a promoção da sustentabilidade ambiental até a celebração da diversidade cultural e o combate à injustiça social, os projetos desempenham um papel fundamental na construção de um mundo mais justo, equitativo e sustentável. E nesse sentido, o Instituto Aupaba deseja fazer a diferença.

Projetos bem elaborados e executados fazem a diferença

Na busca por promover mudanças significativas e sustentáveis em nossas comunidades, a cultura regenerativa emerge como uma abordagem essencial. No entanto, sua eficácia não se resume apenas à execução de projetos; é fundamental compreender como essas iniciativas podem verdadeiramente impactar positivamente o território e suas populações.

Isso requer um compromisso contínuo com o monitoramento dos resultados, a definição de indicadores-chave de desempenho (KPIs) relevantes e a escuta ativa das populações locais. Ao envolver as comunidades afetadas desde o início, podemos garantir que as ações sejam verdadeiramente benéficas e alinhadas com suas necessidades e valores. Além disso, assegurar a continuidade das iniciativas ao longo do tempo é fundamental para promover mudanças duradouras e significativas, contribuindo assim para a construção de um futuro mais sustentável e inclusivo para todos.

Sobre nós: 

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

*Este é um conteúdo exclusivo do Instituto Aupaba, favor mencionar origem da fonte.

BARCELONA, o destino que não quer morrer de sucesso

O ciclo de crescimento turístico da Espanha mostra-se imparável e já passada a ressaca da pandemia, de acordo com os últimos dados oficiais, o registro de visitantes estrangeiros no país bateu as 85 milhões de pessoas em 2023, cifra histórica recorde. E, como sempre foi, a região da Catalunha puxa este carro com 18 milhões de visitantes no ano passado, quase todos concentrados na sua capital, seguida das regiões autónomas das Ilhas Baleares e das Ilhas Canárias, cada uma com cerca de 14 milhões de turistas.

 

E como Barcelona lida com tantos visitantes? A massificação turística já é realmente um problema para a cidade? Como as autoridades e instituições governamentais atuam para evitar um colapso desta fórmula de sucesso? E quais são as iniciativas locais de representantes do setor privado para driblar a saturação do mercado?

 

Há muito que se fala de controlar os fluxos turísticos em mega destinos como Veneza, Roma ou Barcelona. A prefeitura da cidade catalã já provou várias medidas de contenção do impacto do turismo massivo, como a tentativa de descentralizar os atrativos turísticos, coisa que se mostrou pouco eficiente. Promociona-se bairros alternativos, edifícios e museus únicos mais longe do Centro, restaurantes ditos imperdíveis fora do circuito turístico, porém todo turista que chega à Barcelona obviamente não quer perder a vista da deslumbrante catedral da Sagrada Família do gênio Antoni Gaudí. E tampouco o estádio Camp Nou do Barça, nem as famosas Las Ramblas no bairro Gótico…

Outras medidas, mais de base, têm se mostrado contudo imprescindíveis para os residentes locais que já sofrem com o elevado custo de vida, como o controle dos preços de aluguel e a redução de concessão das licenças de apartamentos turísticos. Ambas exemplos de políticas levadas a cabo pelo último governo municipal durante os 8 anos do mandato da ex-prefeita Ada Colau. A cidade de Barcelona é hoje muito mais consciente de que sim é essencial acolher o visitante nacional ou estrangeiro de maneira profissional mas é necessário também educar este turista fazendo-o entender as peculiaridades e limites físicos e sociais da cidade. 

E para falar da iniciativa privada, eis alguns exemplos de projetos locais que mostram uma Barcelona real e autêntica, menos óbvia e também um pouco “diferentona”, para um visitante curioso e ávido por conhecer como realmente vivem as pessoas nesta cidade tão atrativa. E ainda, que ideias locais de base sustentável e responsável com as pessoas e o meio ambiente sim fazem a diferença.

yök Casa + Cultura são apartamentos turísticos eco-boutique localizados bem no Centro da cidade, pertinho do Arco do Triunfo. Conta com 3 apartamentos e uma recepção com vistas espetaculares num edifício de 1900, tudo renovado ecologicamente pela hotelier catalã Mari Marañís há 10 anos atrás. Ela transformou uma antiga propriedade de mais de 200 metros quadrados em 3 práticos e belíssimos apartamentos turísticos, mantendo elementos únicos como os pisos de azulejos de mais de 100 anos, pé-direito alto e janelões de madeira originais recuperados que dão a sacadas charmosas, sem esquecer de toda a comodidade para uma estadia de luxo. Mas Mari dá ênfase à totalidade da experiência turística do visitante, ela quer ajudar ao hóspede a viver a cidade como ela é de verdade, conversando com cada pessoa que visita, dando dicas autênticas e fazendo com que essa pessoa volte para a sua casa com um ideia diferente daquela Barcelona hiper conhecida e milhões de vezes fotografada.

Proposta muito parecida fica clara também nos roteiros a pé para conhecer os diferentes bairros barceloneses do projeto Barcelona Plan·it, da mão do guia brasileiro Sandro Madeira, apaixonado pela cidade e já há 20 anos na Espanha. A ideia é percorrer Barcelona com um olhar fora da caixinha, porém sem perder de vista aquela igreja gótica incrível, os edifícios modernistas (o art-nouveau catalão) e as ruas mais charmosas. Os passeios se dividem por zonas e são privativos e personalizados, sem pressa (super slow travel!) e visam sobretudo fazer os visitantes entenderem a vida das pessoas em Barcelona e conhecerem histórias curiosas do passado e do presente desta cidade medieval, vanguardista e moderna, ao mesmo tempo. Sandro dá também grande destaque à gastronomia, fazendo várias paradas para degustar e conhecer pequenas e grandes delícias da culinária espanhola-catalã. É uma maneira de fugir das massas de turistas que percorrem sempre os mesmos exatos caminhos no Centro saturando as infra-estruturas, o comércio e “disneyficando” a vida local.

E voltando à gastronomia catalã pode-se fazer uma lista grande, pois a cidade oferece desde vários restaurantes estrelados Michelin a botequins de tapas centenários e mercados municipais coloridos em cada bairro. E entre uma coisa e outra há uma infinidade de pequenos negócios gastronômicos criativos como restaurantes que resgatam receitas antigas perdidas, que usam produtos orgânicos da região e que contam histórias pessoais através de seus pratos. Vários projetos interessantes, locais e responsáveis podem ser encontrados por exemplo na guia gastronômica da associação Slow Food de Barcelona. Custa 10€ e tem desde barzinhos e restaurantes, lojinhas gourmet a gelaterias, na cidade de Barcelona e arredores. Vale muito à pena para organizar a agenda e se inspirar! 

 Vivemos em todos os efeitos um auge econômico do Turismo à escala global, em que quase todos os países do mundo se beneficiam, ou melhor dito podem se beneficiar, de multidões de turistas que aproveitam as facilidades da mobilidade aérea pós-moderna, coisa antes reservada às elites. A grande questão é saber gerir um negócio turístico de forma a multiplicar os benefícios no destino de forma equitativa e responsável. 

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente. Registre-se também na rede do Instituto Aupaba.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

  • Agradecemos imensamente a Dorian D1 por esta linda imagem que ilustra a capa (via Unsplash).

Mandamentos do Turista Regenerativo

O turismo consciente e regenerativo emerge como uma filosofia transformadora, redefinindo a maneira como viajamos e interagimos com os destinos. Mais do que uma simples jornada, torna-se um compromisso com práticas sustentáveis, culturais e sociais.

O Instituto Aupaba propõe os mandamentos do Turista Regenerativo:

  1. Escolha a hospedagem de forma consciente: Opte por hospedagens certificadas por práticas sustentáveis, como hotéis ecológicos ou pousadas comprometidas. Avalie como a sua hospedagem, na prática, opera. Lembre-se que a compensação de CO2 não é suficiente. Hospedar-se na casa de pessoas locais também é uma prática bastante difundida no Turismo de Base Comunitária, que pode ser uma oferta transformadora para a população local.
  2. Rastro Positivo: Calcule e compense sua pegada de carbono ao viajar. Embora a compensação de carbono não seja a única solução, ou a ideal, recomendamos que faça escolhas positivas para redução de emissão de CO2.
  3. Consumo Local: Compre produtos locais em mercados regionais, incentivando a economia local e reduzindo o impacto ambiental. Compre produtos de identidade regional para presentear.
  4. Desloque-se Eco: Utilize meios de transporte públicos, bicicletas ou caminhe para explorar o destino de forma sustentável.
  5. Sabor Local: Experimente pratos típicos da região, utilizando ingredientes frescos e produzidos localmente. Uma forma legal de conhecer a gastronomia local é através de cursos de culinária. Integre-se. Faça novos amigos!
  6. Hidrate-se Responsavelmente: Evite garrafas plásticas, carregue sua garrafa reutilizável e experimente bebidas locais, como água de coco (in natura). Leve um copo retrátil na bolsa.
  7. Apoie Comunidades: Visite e apoie projetos sociais e ONGs locais, contribuindo para iniciativas comunitárias.
  8. Trilhe o Equilíbrio: Ao fazer trilhas, siga as regras de preservação ambiental e respeite a fauna e flora locais.
  9. Imersão Cultural: Participe de atividades culturais locais, como festivais, danças e cerimônias, para vivenciar a autenticidade do destino.
  10. Impacto Positivo: Contribua para projetos locais de voluntariado ou faça doações a instituições que promovem a sustentabilidade.
  11. Troca de Saberes: Engaje-se em conversas com moradores locais, aprendendo sobre suas tradições e compartilhando sua cultura.
  12. Preservação Patrimonial: Respeite monumentos históricos, sítios arqueológicos e áreas naturais, seguindo as diretrizes de preservação.
  13. Conexão com a Comunidade: Participe de eventos comunitários, como feiras e festivais, para estabelecer conexões significativas. Peça permissão para fotografar, não toque nas pessoas sem que seja parte da cultura local, fale baixo. Seja curioso e respeittoso ao mesmo tempo, tentando realmente se conectar com seus anfitriões.
  14. Educação Sustentável: Participe de workshops ou tours educativos sobre práticas sustentáveis na região. A Educação ambiental é uma parte importante do conjunto de produtos e serviços oferecidos por um destino turístico regenerativo. Os conteúdos são sempre interessantes, tanto para adultos, quanto para crianças.
  15. Ciclo de Impacto: Participe ativamentee! Que tal participar de alguma atividade local? Deixe uma contribuição positiva em cada local visitado, seja através da limpeza de uma praia ou envolvimento em projetos de conservação ambiental.

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

Agredecemos a gentileza da foto cedida por William Bayreuther via Unsplash

*Este é um conteúdo exclusivo do Instituto Aupaba, favor mencionar origem da fonte.

 

Conectando o Turismo Regenerativo à Alimentação

O turismo regenerativo surge como uma força transformadora, não apenas na experiência do visitante, mas também na sustentabilidade local. Queremos lembrar como o turismo regenerativo e a alimentação estão intrinsecamente conectados, destacando a importância crucial da bioeconomia e da preservação das florestas como elementos essenciais para o sucesso de uma economia local sustentável.

O desenvolvimento territorial impulsionado pela bioeconomia e pelo turismo regenerativo é mais do que uma simples estratégia de atrair visitantes; é uma abordagem holística que redefine as interações entre turistas, moradores locais e o ambiente. Ao unir o turismo regenerativo com práticas alimentares sustentáveis, cria-se uma aliança estratégica que não só beneficia a saúde dos visitantes, mas também fortalece a resiliência, a saúde e a prosperidade das comunidades locais.

O turismo regenerativo é um elemento essencial na valorização da bioeconomia e na qualidade da  alimentação oferecida em territórios onde muitas vezes a população não interage com os produtos locais, quando esses são imediatamente escoados, beneficiados e vendidos para outras regiões ou países. Promover práticas agrícolas e alimentares que respeitem a biodiversidade local, além de estimular a agricultura regenerativa e/ou agroecológica é fundamental para garantir a sustentabilidade a longo prazo. A bioeconomia florestal desempenha um papel crucial nesse contexto, não apenas fornecendo alimentos, mas também preservando as florestas como ativos econômicos essenciais para comunidades locais. Seria o turismo regenerativo uma forma de manter a floresta em pé, gerando muitas riquezas para todas as cadeias produtivas locais? 

Manter a floresta em pé não é apenas uma questão ambiental, mas também uma estratégia econômica inteligente. Ela sustenta a produção de alimentos, fornece serviços ecossistêmicos, melhora o acesso à educação e à cultura, e contribui para a singularidade dos destinos turísticos. A conscientização sobre o valor econômico da floresta estabelece uma ligação direta entre a preservação ambiental e a prosperidade da comunidade. O patrimônio biocultural valorizado pelas populações afetadas diretamente pela sua explorção, ou pela sua preservação. São as duas faces de uma mesma moeda, uma abordagem que exige políticas públicas concatenadas com as demandas de cada território.

A conexão entre turismo regenerativo, alimentação e conservação florestal enriquece a experiência do visitante de maneiras profundas. Oferecer pratos que contem a história da região, preparados com ingredientes locais e cultivados de forma sustentável, cria uma experiência gastronômica autêntica e significativa. Os visitantes não apenas se deliciam com os sabores locais, mas também se conectam com a cultura e os valores da comunidade.

Além disso, a adoção de práticas regenerativas aumenta a autoestima entre os moradores locais, que se envolvem ativamente no processo de desenvolvimento sustentável. Assim, os membros da comunidade percebem seu papel vital na oferta de experiências memoráveis aos visitantes.

A alimentação torna-se uma expressão cultural, impulsionando o orgulho local e fortalecendo os laços entre moradores e visitantes.

Em suma, o desenvolvimento territorial através da bioeconomia impulsionada pelo turismo regenerativo e pela alimentação sustentável representa uma abordagem inovadora e poderosa para o crescimento econômico e a preservação ambiental, mas que infelizmente não está bem representada em diversos relatórios produzidos no Brasil.

A atuação do Instituto Aupaba reside num advocacy constante sobre a arte de integrar esses elementos de forma harmoniosa, oferecendo às comunidades a possibilidade de terem o desenvolvimento que necessitam, afim de prosperar enquanto protegem e celebram a rica diversidade de seus territórios.

 

 

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