Instituto Aupaba Turismo Regenerativo Logotipo verde
Apoie

Tipos de Projetos Regenerativos – Da Sustentabilidade  à Cultura

Os projetos desempenham um papel crucial na construção de comunidades resilientes, promovendo mudanças positivas e abordando uma variedade de questões sociais, ambientais e culturais. De iniciativas focadas na sustentabilidade ambiental a projetos que celebram e preservam a diversidade cultural, há uma ampla gama de tipos de projetos que visam impactar positivamente o mundo ao nosso redor, compondo um ambiente mais regenerativo para o setor.

  1. Projetos de Sustentabilidade Ambiental: Estes projetos têm como objetivo promover a regeneração e conservação de ecossistemas e a adoção de práticas sustentáveis. Isso pode incluir iniciativas de reciclagem, redução de emissões de carbono, conservação da biodiversidade e educação ambiental. A compensação de carbono em si, enquanto recurso comercial, deve ser evitado. O ideal dos projetos ambientais é ajudar a melhorar as boas práticas, educar e apoiar a mudança sistêmica de comportamento de empresas, instituições e pessoas.
  2. Projetos Sociais e Comunitários: Esses projetos concentram-se em melhorar a qualidade de vida das comunidades, abordando questões como pobreza, acesso à saúde, educação e emprego. Eles podem envolver a construção de infraestrutura, programas de capacitação, assistência social e apoio a grupos diversos. É fundamental que gere alternativa de emprego e empreendedorismo atendendo às demandas dos públicos contemplados.
  3. Projetos de Desenvolvimento Econômico: Esses projetos visam estimular o crescimento econômico e promover o desenvolvimento sustentável. Isso pode incluir iniciativas de empreendedorismo, desenvolvimento de cadeias produtivas locais, microfinanças e programas de capacitação profissional.
  4. Projetos Culturais e Artísticos: Estes projetos celebram e preservam a diversidade cultural, promovendo a expressão artística, o patrimônio cultural e o intercâmbio cultural. Isso pode incluir festivais, exposições, workshops e programas de educação cultural. Mas não só. O ideal é que sejam híbridos e viabilizem a abertura de portas profissionais aos envolvidos.
  5. Projetos de Educação e Capacitação: Esses projetos têm como objetivo promover o acesso à educação de qualidade e o desenvolvimento de habilidades em diferentes áreas. Isso pode incluir programas de alfabetização, treinamento profissional, educação ambiental e acesso à tecnologia.
  6. Projetos de Saúde e Bem-Estar: Esses projetos visam promover a saúde e o bem-estar das comunidades e pessoas, abordando questões como prevenção de doenças, acesso a cuidados de saúde, nutrição, saúde mental, conexão com a natureza e promoção de estilos de vida saudáveis.
  7. Projetos de Inovação e Tecnologia: Estes projetos exploram soluções inovadoras para desafios sociais, ambientais e econômicos, utilizando tecnologias emergentes e abordagens criativas. Isso pode incluir iniciativas de tecnologia limpa, acesso à internet, desenvolvimento de aplicativos e plataformas digitais.
  8. Projetos de Direitos Humanos e Justiça Social: Esses projetos lutam contra a discriminação, promovem a igualdade de gênero, os direitos das minorias e a justiça social. Isso pode incluir campanhas de conscientização, defesa de direitos, assistência jurídica e apoio a vítimas de violações de direitos humanos.

Os tipos de projetos são diversos e abrangem uma ampla gama de áreas e setores. É fundamental que sejam pensados e elaborados para inovar e promover o bem estar planetário e global.

Desde a promoção da sustentabilidade ambiental até a celebração da diversidade cultural e o combate à injustiça social, os projetos desempenham um papel fundamental na construção de um mundo mais justo, equitativo e sustentável.

Na busca por promover mudanças significativas e sustentáveis em nossas comunidades, a cultura regenerativa emerge como uma abordagem essencial. No entanto, sua eficácia não se resume apenas à execução de projetos; é fundamental compreender como essas iniciativas podem verdadeiramente impactar positivamente o território e suas populações.

Isso requer um compromisso contínuo com o monitoramento dos resultados, a definição de indicadores-chave de desempenho (KPIs) relevantes e a escuta ativa das populações locais. Ao envolver as comunidades afetadas desde o início, podemos garantir que as ações sejam verdadeiramente benéficas e alinhadas com suas necessidades e valores. Além disso, assegurar a continuidade das iniciativas ao longo do tempo é fundamental para promover mudanças duradouras e significativas, contribuindo assim para a construção de um futuro mais sustentável e inclusivo para todos.

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

*Este é um conteúdo exclusivo do Instituto Aupaba, favor mencionar origem da fonte.

BARCELONA, o destino que não quer morrer de sucesso

O ciclo de crescimento turístico da Espanha mostra-se imparável e já passada a ressaca da pandemia, de acordo com os últimos dados oficiais, o registro de visitantes estrangeiros no país bateu as 85 milhões de pessoas em 2023, cifra histórica recorde. E, como sempre foi, a região da Catalunha puxa este carro com 18 milhões de visitantes no ano passado, quase todos concentrados na sua capital, seguida das regiões autónomas das Ilhas Baleares e das Ilhas Canárias, cada uma com cerca de 14 milhões de turistas.

 

E como Barcelona lida com tantos visitantes? A massificação turística já é realmente um problema para a cidade? Como as autoridades e instituições governamentais atuam para evitar um colapso desta fórmula de sucesso? E quais são as iniciativas locais de representantes do setor privado para driblar a saturação do mercado?

 

Há muito que se fala de controlar os fluxos turísticos em mega destinos como Veneza, Roma ou Barcelona. A prefeitura da cidade catalã já provou várias medidas de contenção do impacto do turismo massivo, como a tentativa de descentralizar os atrativos turísticos, coisa que se mostrou pouco eficiente. Promociona-se bairros alternativos, edifícios e museus únicos mais longe do Centro, restaurantes ditos imperdíveis fora do circuito turístico, porém todo turista que chega à Barcelona obviamente não quer perder a vista da deslumbrante catedral da Sagrada Família do gênio Antoni Gaudí. E tampouco o estádio Camp Nou do Barça, nem as famosas Las Ramblas no bairro Gótico…

Outras medidas, mais de base, têm se mostrado contudo imprescindíveis para os residentes locais que já sofrem com o elevado custo de vida, como o controle dos preços de aluguel e a redução de concessão das licenças de apartamentos turísticos. Ambas exemplos de políticas levadas a cabo pelo último governo municipal durante os 8 anos do mandato da ex-prefeita Ada Colau. A cidade de Barcelona é hoje muito mais consciente de que sim é essencial acolher o visitante nacional ou estrangeiro de maneira profissional mas é necessário também educar este turista fazendo-o entender as peculiaridades e limites físicos e sociais da cidade. 

E para falar da iniciativa privada, eis alguns exemplos de projetos locais que mostram uma Barcelona real e autêntica, menos óbvia e também um pouco “diferentona”, para um visitante curioso e ávido por conhecer como realmente vivem as pessoas nesta cidade tão atrativa. E ainda, que ideias locais de base sustentável e responsável com as pessoas e o meio ambiente sim fazem a diferença.

yök Casa + Cultura são apartamentos turísticos eco-boutique localizados bem no Centro da cidade, pertinho do Arco do Triunfo. Conta com 3 apartamentos e uma recepção com vistas espetaculares num edifício de 1900, tudo renovado ecologicamente pela hotelier catalã Mari Marañís há 10 anos atrás. Ela transformou uma antiga propriedade de mais de 200 metros quadrados em 3 práticos e belíssimos apartamentos turísticos, mantendo elementos únicos como os pisos de azulejos de mais de 100 anos, pé-direito alto e janelões de madeira originais recuperados que dão a sacadas charmosas, sem esquecer de toda a comodidade para uma estadia de luxo. Mas Mari dá ênfase à totalidade da experiência turística do visitante, ela quer ajudar ao hóspede a viver a cidade como ela é de verdade, conversando com cada pessoa que visita, dando dicas autênticas e fazendo com que essa pessoa volte para a sua casa com um ideia diferente daquela Barcelona hiper conhecida e milhões de vezes fotografada.

Proposta muito parecida fica clara também nos roteiros a pé para conhecer os diferentes bairros barceloneses do projeto Barcelona Plan·it, da mão do guia brasileiro Sandro Madeira, apaixonado pela cidade e já há 20 anos na Espanha. A ideia é percorrer Barcelona com um olhar fora da caixinha, porém sem perder de vista aquela igreja gótica incrível, os edifícios modernistas (o art-nouveau catalão) e as ruas mais charmosas. Os passeios se dividem por zonas e são privativos e personalizados, sem pressa (super slow travel!) e visam sobretudo fazer os visitantes entenderem a vida das pessoas em Barcelona e conhecerem histórias curiosas do passado e do presente desta cidade medieval, vanguardista e moderna, ao mesmo tempo. Sandro dá também grande destaque à gastronomia, fazendo várias paradas para degustar e conhecer pequenas e grandes delícias da culinária espanhola-catalã. É uma maneira de fugir das massas de turistas que percorrem sempre os mesmos exatos caminhos no Centro saturando as infra-estruturas, o comércio e “disneyficando” a vida local.

E voltando à gastronomia catalã pode-se fazer uma lista grande, pois a cidade oferece desde vários restaurantes estrelados Michelin a botequins de tapas centenários e mercados municipais coloridos em cada bairro. E entre uma coisa e outra há uma infinidade de pequenos negócios gastronômicos criativos como restaurantes que resgatam receitas antigas perdidas, que usam produtos orgânicos da região e que contam histórias pessoais através de seus pratos. Vários projetos interessantes, locais e responsáveis podem ser encontrados por exemplo na guia gastronômica da associação Slow Food de Barcelona. Custa 10€ e tem desde barzinhos e restaurantes, lojinhas gourmet a gelaterias, na cidade de Barcelona e arredores. Vale muito à pena para organizar a agenda e se inspirar! 

 Vivemos em todos os efeitos um auge econômico do Turismo à escala global, em que quase todos os países do mundo se beneficiam, ou melhor dito podem se beneficiar, de multidões de turistas que aproveitam as facilidades da mobilidade aérea pós-moderna, coisa antes reservada às elites. A grande questão é saber gerir um negócio turístico de forma a multiplicar os benefícios no destino de forma equitativa e responsável. 

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente. Registre-se também na rede do Instituto Aupaba.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

  • Agradecemos imensamente a Dorian D1 por esta linda imagem que ilustra a capa (via Unsplash).

Mandamentos do Turista Regenerativo

O turismo consciente e regenerativo emerge como uma filosofia transformadora, redefinindo a maneira como viajamos e interagimos com os destinos. Mais do que uma simples jornada, torna-se um compromisso com práticas sustentáveis, culturais e sociais.

O Instituto Aupaba propõe os mandamentos do Turista Regenerativo:

  1. Escolha a hospedagem de forma consciente: Opte por hospedagens certificadas por práticas sustentáveis, como hotéis ecológicos ou pousadas comprometidas. Avalie como a sua hospedagem, na prática, opera. Lembre-se que a compensação de CO2 não é suficiente. Hospedar-se na casa de pessoas locais também é uma prática bastante difundida no Turismo de Base Comunitária, que pode ser uma oferta transformadora para a população local.
  2. Rastro Positivo: Calcule e compense sua pegada de carbono ao viajar. Embora a compensação de carbono não seja a única solução, ou a ideal, recomendamos que faça escolhas positivas para redução de emissão de CO2.
  3. Consumo Local: Compre produtos locais em mercados regionais, incentivando a economia local e reduzindo o impacto ambiental. Compre produtos de identidade regional para presentear.
  4. Desloque-se Eco: Utilize meios de transporte públicos, bicicletas ou caminhe para explorar o destino de forma sustentável.
  5. Sabor Local: Experimente pratos típicos da região, utilizando ingredientes frescos e produzidos localmente. Uma forma legal de conhecer a gastronomia local é através de cursos de culinária. Integre-se. Faça novos amigos!
  6. Hidrate-se Responsavelmente: Evite garrafas plásticas, carregue sua garrafa reutilizável e experimente bebidas locais, como água de coco (in natura). Leve um copo retrátil na bolsa.
  7. Apoie Comunidades: Visite e apoie projetos sociais e ONGs locais, contribuindo para iniciativas comunitárias.
  8. Trilhe o Equilíbrio: Ao fazer trilhas, siga as regras de preservação ambiental e respeite a fauna e flora locais.
  9. Imersão Cultural: Participe de atividades culturais locais, como festivais, danças e cerimônias, para vivenciar a autenticidade do destino.
  10. Impacto Positivo: Contribua para projetos locais de voluntariado ou faça doações a instituições que promovem a sustentabilidade.
  11. Troca de Saberes: Engaje-se em conversas com moradores locais, aprendendo sobre suas tradições e compartilhando sua cultura.
  12. Preservação Patrimonial: Respeite monumentos históricos, sítios arqueológicos e áreas naturais, seguindo as diretrizes de preservação.
  13. Conexão com a Comunidade: Participe de eventos comunitários, como feiras e festivais, para estabelecer conexões significativas. Peça permissão para fotografar, não toque nas pessoas sem que seja parte da cultura local, fale baixo. Seja curioso e respeittoso ao mesmo tempo, tentando realmente se conectar com seus anfitriões.
  14. Educação Sustentável: Participe de workshops ou tours educativos sobre práticas sustentáveis na região. A Educação ambiental é uma parte importante do conjunto de produtos e serviços oferecidos por um destino turístico regenerativo. Os conteúdos são sempre interessantes, tanto para adultos, quanto para crianças.
  15. Ciclo de Impacto: Participe ativamentee! Que tal participar de alguma atividade local? Deixe uma contribuição positiva em cada local visitado, seja através da limpeza de uma praia ou envolvimento em projetos de conservação ambiental.

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

Agredecemos a gentileza da foto cedida por William Bayreuther via Unsplash

*Este é um conteúdo exclusivo do Instituto Aupaba, favor mencionar origem da fonte.

 

Conectando o Turismo Regenerativo à Alimentação

O turismo regenerativo surge como uma força transformadora, não apenas na experiência do visitante, mas também na sustentabilidade local. Queremos lembrar como o turismo regenerativo e a alimentação estão intrinsecamente conectados, destacando a importância crucial da bioeconomia e da preservação das florestas como elementos essenciais para o sucesso de uma economia local sustentável.

O desenvolvimento territorial impulsionado pela bioeconomia e pelo turismo regenerativo é mais do que uma simples estratégia de atrair visitantes; é uma abordagem holística que redefine as interações entre turistas, moradores locais e o ambiente. Ao unir o turismo regenerativo com práticas alimentares sustentáveis, cria-se uma aliança estratégica que não só beneficia a saúde dos visitantes, mas também fortalece a resiliência, a saúde e a prosperidade das comunidades locais.

O turismo regenerativo é um elemento essencial na valorização da bioeconomia e na qualidade da  alimentação oferecida em territórios onde muitas vezes a população não interage com os produtos locais, quando esses são imediatamente escoados, beneficiados e vendidos para outras regiões ou países. Promover práticas agrícolas e alimentares que respeitem a biodiversidade local, além de estimular a agricultura regenerativa e/ou agroecológica é fundamental para garantir a sustentabilidade a longo prazo. A bioeconomia florestal desempenha um papel crucial nesse contexto, não apenas fornecendo alimentos, mas também preservando as florestas como ativos econômicos essenciais para comunidades locais. Seria o turismo regenerativo uma forma de manter a floresta em pé, gerando muitas riquezas para todas as cadeias produtivas locais? 

Manter a floresta em pé não é apenas uma questão ambiental, mas também uma estratégia econômica inteligente. Ela sustenta a produção de alimentos, fornece serviços ecossistêmicos, melhora o acesso à educação e à cultura, e contribui para a singularidade dos destinos turísticos. A conscientização sobre o valor econômico da floresta estabelece uma ligação direta entre a preservação ambiental e a prosperidade da comunidade. O patrimônio biocultural valorizado pelas populações afetadas diretamente pela sua explorção, ou pela sua preservação. São as duas faces de uma mesma moeda, uma abordagem que exige políticas públicas concatenadas com as demandas de cada território.

A conexão entre turismo regenerativo, alimentação e conservação florestal enriquece a experiência do visitante de maneiras profundas. Oferecer pratos que contem a história da região, preparados com ingredientes locais e cultivados de forma sustentável, cria uma experiência gastronômica autêntica e significativa. Os visitantes não apenas se deliciam com os sabores locais, mas também se conectam com a cultura e os valores da comunidade.

Além disso, a adoção de práticas regenerativas aumenta a autoestima entre os moradores locais, que se envolvem ativamente no processo de desenvolvimento sustentável. Assim, os membros da comunidade percebem seu papel vital na oferta de experiências memoráveis aos visitantes.

A alimentação torna-se uma expressão cultural, impulsionando o orgulho local e fortalecendo os laços entre moradores e visitantes.

Em suma, o desenvolvimento territorial através da bioeconomia impulsionada pelo turismo regenerativo e pela alimentação sustentável representa uma abordagem inovadora e poderosa para o crescimento econômico e a preservação ambiental, mas que infelizmente não está bem representada em diversos relatórios produzidos no Brasil.

A atuação do Instituto Aupaba reside num advocacy constante sobre a arte de integrar esses elementos de forma harmoniosa, oferecendo às comunidades a possibilidade de terem o desenvolvimento que necessitam, afim de prosperar enquanto protegem e celebram a rica diversidade de seus territórios.

 

 

TAKE THE LEAD – Programa para lideranças femininas da Cornell

 

O Instituto Aupaba oferece duas mil vagas para o programa gratuito de capacitação de lideranças femininas da Cornell, uma das melhores universidades do mundo.

 

Em parceria com a Mexoxo, organização não governamental internacional, cujo principal objetivo é democratizar o acesso à educação para mulheres, e como o patrocínio do Fundo para Mulheres da multinacional francesa L´Oréal, o Instituto Aupaba abre as inscrições para o curso até o dia 10 de março pelo link. As alunas que completarem o curso, além do certificado, farão parte do networking do Instituto. 

A Mexoxo é uma organização sem fins lucrativos que apoia mulheres a alcançarem seu pleno potencial. Acreditando que a educação é a ferramenta para o crescimento e a mudança, Mexoxo incentiva, capacita e facilita a participação ativa das mulheres nos negócios, no emprego, na aprendizagem e na comunidade. Com a visão de Democratizar a Educação Para Mulheres Globalmente, estabeleceu a missão de apoiar 5.000.000 mulheres até 2030.

O programa Take the Lead oferece quase 20 horas de instrução baseada em habilidades e competências. O conteúdo é projetado para ser combinado com outras programações sociais e educacionais, proporcionando aos participantes uma base para iniciar carreiras que garantam salários dignos.

O currículo inclui:

  • Diferenciando Liderança de Gerenciamento
  • Superando Desafios
  • Motivando Pessoas
  • Avaliando Sua Liderança
  • Diferenciando entre Fatores de Higiene e Motivação
  • Aplicando a Teoria da Expectativa e a Teoria da Equidade para Influenciar Esforço e Desempenho
  • Examinando Redes Sociais Pessoais
  • Descrevendo o Efeito da Liderança em Equipes de Alto Desempenho
  • Propondo Estratégias de Resolução de Conflitos
  • Alinhando o Tempo com Prioridades
  • Avaliação para Melhoria de Desempenho
  • Distribuição Estratégica do Trabalho
  • Explorando Suas Possíveis Vias de Carreira
  • Realizando uma Avaliação de Carreira
  • Aprimorando Seu Currículo
  • Entrevistando com Sucesso
  • Praticando Networking
  • Usando o LinkedIn
  • Criando Sua Marca Pessoal
  • Cultivando uma Mentalidade Empreendedora
  • Agregando Recursos
  • Estabelecendo Processos e Sistemas para Novas Ideias
  • Expandindo e Sustentando Novas Oportunidades

Os cursos são assíncronos, online, ministrados pelos professores da Cornell University, em Inglês, pela plataforma da instituição. As transcrições das aulas tem tradução em outros idiomas, incluindo o Português. 

Em caso de dúvidas, entre em nosso grupo de whatsapp. 

Inscreva-se AQUI, usando a chave de acesso: 1D0E-7EE7-0D1F

 

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente. Registre-se também na rede do Instituto Aupaba.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

  • Agradecemos imensamente a Christina Wocintechchat por esta linda imagem que ilustra a capa (via Unsplash).

 

 

Quem foi Villaronga?

José Maria de Villaronga y Panella foi um artista catalão multifacetado, nascido em Barcelona no ano de 1819. Imigrou para o Brasil entre 1842 e 1846, buscando oportunidades no florescente campo da pintura mural decorativa. Sua carreira não se limitou ao Rio de Janeiro, estendendo-se por importantes centros urbanos na região da “Serra Acima”, no Vale do Paraíba Paulista e Fluminense, região denominada Vale do Café (RJ) e Vale Histórico (SP).

  

Como Chegou ao Vale do Paraíba?

Ao desembarcar no Brasil, Villaronga escolheu atuar na região do centro-sul cafeeiro, especialmente em cidades como Vassouras, Valença, Paraíba do Sul e Bananal. Essa escolha estratégica refletiu sua percepção do alargamento do campo artístico na região, que era o núcleo econômico do Império. A classe senhorial escravista buscava expressar seu poder político, social e econômico através de requintadas decorações, oferecendo a Villaronga um terreno fértil para seu desenvolvimento profissional. Possivelmente o catalão teria deixado sua cidade natal, Barcelona, em virtude dos diversos conflitos e guerras civis.

Em uma união histórica, a representante do Governo da Catalunha no Brasil, Paula Mèlich Bonet, realiza uma visita marcante ao Vale do Café, coordenada pelo Vale do Café Convention & Visitors Bureau. Este evento não apenas simboliza a primeira visita oficial fora da região metropolitana do Rio de Janeiro, mas também representa a primeira presença oficial da Catalunha no Brasil. Uma oportunidade única para estreitar vínculos, especialmente ao explorar a influência do renomado artista catalão José Maria Villaronga Panella, cuja importância histórica nesta região é desconhecida em sua terra natal.

Onde estão suas obras?

As obras de José Maria de Villaronga y Panella estão principalmente concentradas nas casas de vivenda da região do Vale do Paraíba paulista e fluminense.  Suas criações podem ser encontradas em luxuosas casas de fazendas que simbolizavam a opulência da aristocracia rural durante o auge da produção cafeeira, além de igrejas, capelas, espaços culturais em diferentes cidades. O Instituto Aupaba, em parceria com o Ministério da Cultura do Brasil e com o apoio do Governo da Catalunha está elaborando o roteiro sobre vida e obra de Villaronga ao longo de 2024.

Caso você tenha interesse em decobrir mais sobre essa importante região brasileira, sugerimos o site do Vale do Café Convention & Visitors Bureau, nosso apoiador institucional local.

 

Qual é a relevância de Villaronga para o Brasil e para a Catalunha? 

A obra de José Maria de Villaronga y Panella desempenha um papel crucial tanto para o Brasil quanto para a Catalunha.

No contexto brasileiro, suas contribuições à história cultural são inestimáveis, especialmente ao transformar a paisagem artística do Vale do Paraíba durante o século XIX. Capturando visualmente o período de opulência da aristocracia rural no auge do café, suas decorações pictóricas em casas de vivenda oferecem testemunhos visuais que preservam a história brasileira, não apenas esteticamente, mas também documentando aspectos arquitetônicos e práticas sociais da elite da época. Além disso, sua participação ativa na sociedade escravocrata, vinculada às largas fortunas latifundiárias, evidencia sua integração e influência nesse contexto histórico complexo, que merece nossa atenção.

Para a Catalunha, a obra de Villaronga destaca-se como um exemplo notável da diáspora catalã e da promoção da cultura além das fronteiras. Ao levar consigo suas habilidades artísticas e estilísticas para o Brasil, ele contribuiu para a internacionalização de talentos catalães, enriquecendo a diversidade cultural brasileira. Assim, Villaronga não apenas deixou um legado valioso na história e na arte brasileira, mas também serviu como embaixador cultural, promovendo a identidade catalã em contextos internacionais, em seu tempo. Hoje em dia, recuperar sua vida e obra é uma missão da também pintora-decoradora e pesquisadora Ana Claudia de Paula Torem.

Quem é a principal fonte sobre vida e obra de Villaronga?

A principal fonte sobre a vida e obra de José Maria de Villaronga y Panella é  a pintora-decoradora e historiadora Ana Claudia de Paula Torem, Doutoranda em História pela UniRio, seu trabalho de pesquisa oferece insights valiosos sobre o legado desse notável catalão, destacando sua contribuição artística na região do Vale do Paraíba, conheça aqui. 

É possível apoiar o projeto “Caminhos de Villaronga”? 

Sim, você pode apoiar financeiramento o nosso projeto ajudando milhares de indivíduos que dependem do Turismo na Região do Paraíba Fluminense e Paulista. Saiba como.

O Instituto Aupaba é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, especializada em ações e projetos de impacto voltados para desenvolvimento territorial, com foco em turismo regenerativo.
Nossa abordagem considera as dimensões ambientais, sociais e de governança (ESG), apoiando instituições e empresas interessadas em contribuir para o bem estar planetário.

Para nós o turismo é um instrumento de transformação social e econômica!

*Todas as fotos gentilmente cedidas pela  Ana Claudia de Paula Torem.

 

A Importância dos Planos Estratégicos de Turismo: Maximizando as potencialidades dos municípios brasileiros

Destacamos a importância dos municípios brasileiros elaborarem planos estratégicos de turismo que vão além de simples diagnósticos, focando na identificação e promoção das potencialidades bioculturais, acima da tradicional abordagem turístico-econômica. O turismo desempenha um papel crucial na sociedade global, promovendo o crescimento econômico, o intercâmbio cultural e a preservação ambiental. No entanto, é imperativo adotar uma abordagem holística e interdisciplinar para compreender e maximizar seus benefícios.

Segundo dados da OMT, a Organização Mundial do Turismo, as chegadas de turistas internacionais atingiram 91% dos níveis pré-pandêmicos no terceiro trimestre de 2023, com destaque para julho, que registrou um desempenho excepcional, alcançando 92%, sendo o melhor mês desde o início da pandemia.

No geral, o setor turístico apresentou uma recuperação de 87% em relação aos níveis anteriores à pandemia, considerando o período de janeiro a setembro de 2023. As projeções indicam que as receitas do turismo internacional podem atingir a marca de US$ 1,4 trilhão em 2023, equivalente a cerca de 93% do montante de US$ 1,5 trilhão registrado em 2019.

Porém, um plano estratégico eficaz não deve limitar-se a aspectos econômico-financeiros, como hospedagem, alimentação e transporte. Em vez disso, deve considerar o território e sua população em primeiro lugar, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida e oportunidades para as futuras gerações.

Tratar o turismo como uma questão territorial reconhece sua conexão intrínseca com o ambiente e as comunidades locais, promovendo inclusão social, preservação cultural e desenvolvimento sustentável.

O turismo regenerativo desempenha um papel fundamental na implementação da Agenda 2030 da ONU e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Sendo uma das maiores indústrias do mundo, o setor turístico tem o potencial de gerar empregos, reduzir a pobreza e promover a igualdade social e econômica. Além disso, pode contribuir significativamente para a proteção do meio ambiente, preservação do patrimônio cultural e fortalecimento das parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.

Ao adotar práticas sustentáveis, como a gestão responsável dos recursos naturais, a promoção da cultura local e o engajamento com a comunidade, o turismo pode ser uma força positiva na realização dos ODS, criando um mundo mais justo e equilibrado para as gerações presentes e futuras.

Principais Dores dos Territórios e como os Planos Estratégicos Podem Ajudar:

  1. Desenvolvimento desordenado: O plano visa promover um desenvolvimento sustentável e equilibrado, evitando a superlotação e a degradação do destino por diferentes motivos. Além disso, também ajuda a combater a gentrificação e processos de urbanização informal.
  2. Baixa diversificação: Muitas cidades dependem excessivamente de um único segmento ou tipo específico de turismo, tornando-as vulneráveis a flutuações econômicas. Além do pobre estímulo à uma produção econômica, a capacitação direcionada pode promover uma economia criativa, de alto valor agregado, tanto para a para a população, quanto para o território.  O plano busca diversificar, criando uma base mais sólida para essas novas economias florescerem.
  3. Baixa competitividade: Em um mercado turístico competitivo, as cidades precisam se destacar. O plano estratégico ajuda a desenvolver experiências únicas e autênticas para os visitantes, aumentando a competitividade. Aspectos como a unicidade, a autenticidade e a valorização da auto-estima local, estão associados à geração de proposta de valor no turismo, aumentanto o ticket médio dos produtos e serviços originais.
  4. Impactos negativos: O turismo pode causar impactos negativos no meio ambiente e na comunidade local. O plano propõe práticas sustentáveis para mitigar esses impactos, promovendo a coexistência harmoniosa.
  5. Falta de coordenação: A falta de coordenação entre diferentes atores e setores é uma barreira comum. O plano estratégico busca promover a integração, garantindo uma abordagem coordenada para o desenvolvimento do turismo. Com uma abordagem sensível e humanizada, buscamos soluções que envolvem a escuta ativa, a participação comunitária e gestão responsável de feedbacks.

Os gestores de turismo, governamentais e não governamentais, precisam priorizar os planos estratégicos,  dando-lhes o seu devido protagonismo na forma de compreender os territórios. Essa visão integrada não apenas promove o turismo sustentável, mas também contribui para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Assim construiremos um futuro mais regenerativo, equitativo e balanceado para as comunidades locais e para as gerações vindouras.

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

Agredecemos a gentileza da foto cedida por William Bayreuther via Unsplash

*Este é um conteúdo exclusivo do Instituto Aupaba, favor mencionar origem da fonte.

 

O Plano estratégico do turismo desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e social de um município, oferecendo oportunidades de crescimento, empregos e preservação cultural. Para otimizar esses benefícios e garantir um desenvolvimento sustentável, investir em planos estratégicos do turismo é mais do que uma escolha acertada – é uma necessidade premente.

O Programa de Regionalização do Turismo (PRT) do Ministério do Turismo, ao incorporar instâncias de governança, conforme preconizado pela Organização Mundial do Turismo, destaca a importância de alinhar estrategicamente as ações municipais aos objetivos regionais com suas vocações bioculturais e econômicas, envolvendo as comunidades locais.

A implementação bem-sucedida de um plano de regionalização depende da integração efetiva com os Planos Estratégicos Municipais, reconhecendo que a sinergia entre esses níveis é fundamental para o desenvolvimento turístico sustentável.

Esse alinhamento promove uma governança participativa, envolvendo comunidades, setor privado e gestores públicos na definição de estratégias que atendam às demandas específicas de cada município e, ao mesmo tempo, contribuam para objetivos regionais mais amplos.

Neste artigo, exploraremos as razões fundamentais pelas quais os municípios devem priorizar a elaboração de planos estratégicos antes de promoverem um destino turístico, são elas:

1. Visão Sistêmica: Os planos estratégicos proporcionam uma visão holística do potencial turístico de um município. Isso inclui avaliações detalhadas dos recursos naturais, culturais, históricos e infraestruturais, permitindo uma compreensão abrangente das oportunidades e desafios.

2. Identificação de Nichos de Mercado: Ao realizar uma análise estratégica, é possível identificar nichos de mercado específicos que podem diferenciar um destino turístico. Isso permite a criação de ofertas únicas, atraindo segmentos específicos de visitantes e fortalecendo a competitividade do município.

3. Desenvolvimento Sustentável: Os planos estratégicos incorporam princípios de sustentabilidade, assegurando que o desenvolvimento do turismo seja feito de maneira equilibrada e respeitosa com o meio ambiente, a cultura local e as comunidades residentes.

4. Atração de Investimentos: Investidores, tanto do setor público quanto do privado, buscam segurança e clareza em suas decisões. Planos estratégicos bem elaborados fornecem um quadro sólido que inspira confiança e facilita a atração de investimentos para desenvolvimento infraestrutural e turístico.

5. Engajamento Comunitário: A participação da comunidade é crucial para o sucesso sustentável do turismo. Planos estratégicos promovem o engajamento ativo das comunidades locais, integrando suas perspectivas, preocupações e aspirações no desenvolvimento do turismo.

6. Alinhamento com Políticas Públicas: Planos estratégicos alinham-se efetivamente com as políticas públicas, garantindo que o turismo seja desenvolvido em conformidade com as diretrizes governamentais e as metas de desenvolvimento sustentável. Nessa esfera, o envolvimento do legislativo é fundamental.

7. Gestão Eficiente dos Recursos: Um plano estratégico eficaz facilita a gestão eficiente dos recursos disponíveis. Isso inclui a definição de prioridades de investimento, otimização de infraestrutura existente e a promoção do uso responsável, estruturado e monitorado dos recursos naturais.

8. Desenvolvimento de Produtos e Experiências: Com base em análises de mercado, os planos estratégicos permitem o desenvolvimento de produtos e experiências turísticas que atendam às demandas dos visitantes.

9. Diversificação da Oferta Turística: A diversificação é chave para a resiliência do setor turístico. Planos estratégicos encorajam a diversificação da oferta, reduzindo a dependência de um único atrativo e expandindo a base de visitantes.

10. Marketing Eficaz: Um plano estratégico robusto fornece uma base sólida para campanhas de marketing. Ao conhecer as características únicas do destino, as estratégias de promoção podem ser direcionadas de maneira mais eficaz, maximizando o retorno sobre o investimento em marketing.

Em 2023, o registro de 2.477 municípios no Plano de Regionalização do Turismo levanta uma crítica contundente sobre a falta de reconhecimento de suas vocações territoriais (o Brasil tem  mais de 5.570 municípios, segundo o IBGE). Este número expressivo reflete uma preocupante falta de consciência sobre o potencial transformador do turismo, não apenas como uma indústria econômica, mas como uma ferramenta poderosa para promover mudanças sociais e econômicas significativas.

Em um país tão rico em diversidade de biomas e culturas, observar uma parcela significativa dos municípios tratando o turismo apenas como um “potencial” de desenvolvimento é retórico e, de certa forma, desapontador.

A falta de visão estratégica dessas localidades sugere a necessidade urgente de uma abordagem mais profissional, que considere o turismo como um catalisador eficaz para a preservação cultural, o desenvolvimento econômico e a promoção da identidade única de cada região.

A adesão ao Plano de Regionalização do Turismo deve transcender números para se tornar uma expressão tangível do comprometimento com a construção de um futuro mais sustentável e inclusivo para o Brasil.

Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

Agredecemos a gentileza da foto cedida por Andrew Deslauriers via Unsplash

*Este é um conteúdo exclusivo do Instituto Aupaba, favor mencionar origem da fonte.

Atitudes do Turista Consciente 

No cenário contemporâneo, a consciência do impacto do turismo ganha destaque, impulsionando a busca por experiências que transcendam o convencional. O “Turista Consciente” emerge como um agente de transformação, reconhecendo a responsabilidade de suas escolhas durante as viagens.

Vejam algumas atitudes que já fazem parte dos hábitos de turistas conscientes:

  1. Respeito à Cultura Local: Pratique o respeito e a valorização das tradições culturais da comunidade que você visita.
  2. Turismo Sustentável: Adote práticas e escolhas que contribuam para a regeneração ambiental e social do destino turístico.
  3. Apoio à Economia Local: Contribua para o desenvolvimento econômico sustentável ao escolher negócios locais e produtos da região.
  4. Transporte Verde: Opte por meios de transporte ecológicos, como bicicletas ou transporte público, para reduzir a pegada de carbono.
  5. Preservação Ambiental: Comprometa-se com a preservação da fauna, flora e ecossistemas locais, evitando atividades prejudiciais.
  6. Consciência Fotográfica: Fotografe de maneira ética, respeitando a privacidade das pessoas locais e a integridade dos ecossistemas.
  7. Consumo Consciente: Faça escolhas conscientes ao consumir produtos e serviços, priorizando aqueles que contribuem para a regeneração.
  8. Redução do Plástico: Minimize o uso de plásticos descartáveis, optando por alternativas sustentáveis e reutilizáveis.
  9. Engajamento Voluntário: Participe de projetos de voluntariado que promovam a regeneração social e ambiental no destino.
  10. Educação Ambiental: Busque aprender sobre os ecossistemas locais e compartilhe esse conhecimento para promover a conscientização.
  11. Respeito aos Espaços Sagrados: Mantenha uma postura respeitosa em locais religiosos, seguindo as práticas estabelecidas.
  12. Uso Responsável da Água: Adote práticas conscientes para economizar água e reduzir o desperdício durante sua estadia.
  13. Preservação do Patrimônio: Evite danificar monumentos históricos e culturais, contribuindo para a preservação do patrimônio.
  14. Turismo de Baixo Impacto: Escolha destinos menos turísticos ou explore durante períodos de menor movimento para minimizar impactos.
  15. Proteção Marinha: Opte por atividades aquáticas que respeitem os ecossistemas marinhos, promovendo a regeneração costeira.
  16. Consciência Alimentar: Desfrute da culinária local, evitando o desperdício de alimentos e apoiando práticas alimentares sustentáveis.
  17. Interatividade Responsável com a Vida Selvagem: Evite atividades que causem estresse ou prejudiquem animais selvagens, priorizando a observação responsável.
  18. Consumo Consciente de Energia: Adote práticas de economia de energia nas acomodações, desligando aparelhos não utilizados.
  19. Conscientização sobre Questões Locais: Informe-se sobre questões sociais e ambientais locais, promovendo o entendimento e apoio a soluções.
  20. Feedback Construtivo: Forneça avaliações construtivas para estabelecimentos e operadores, incentivando práticas regenerativas.
  21. Turismo Acessível: Contribua para destinos acessíveis, promovendo inclusão e igualdade durante sua viagem.
  22. Segurança Pessoal: Esteja informado sobre questões de segurança locais e adote precauções necessárias para uma experiência segura.
  23. Compras Éticas: Evite contribuir para práticas injustas ou exploratórias em relação aos trabalhadores locais, optando por produtos responsáveis.
  24. Transporte Público e Caminhadas: Explore a região a pé ou utilizando o transporte público, reduzindo a pegada de carbono de sua viagem.
  1. Evitar Produtos Ilegais: Recuse-se a adquirir produtos provenientes de tráfico ilegal de animais, plantas ou outros recursos naturais.
  2. Consciência Social: Esteja ciente das dinâmicas sociais locais, evitando comportamentos que possam ser interpretados como ofensivos ou insensíveis.
  3. Apoio a Projetos Sociais: Contribua financeiramente ou com seu tempo para projetos sociais e organizações não governamentais locais.
  4. Promoção do Ecoturismo: Escolha atividades turísticas que promovam a conexão com a natureza, apoiando a regeneração dos ecossistemas.

Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

Agredecemos a gentileza da foto cedida por Raphael Nogueira via Unsplash

*Este é um conteúdo exclusivo do Instituto Aupaba, favor mencionar origem da fonte.

O turismo regenerativo e o planejamento territorial, ganham ganha cada vez mais destaque nos discursos sustentáveis, é apresentado como um segmento de mercado capaz de promover a regeneração de territórios por meio do turismo. No entanto, é crucial questionar se essa abordagem deveria ser tratada meramente como um produto comercial ou se deveria ser encarada como uma estratégia de planejamento territorial, centrada nas pessoas e no cuidado com o meio ambiente.

Em meio à crescente preocupação com a sustentabilidade, o turismo regenerativo emerge como uma proposta promissora para combinar o desenvolvimento econômico com a preservação do patrimônio biocultural e a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. No entanto, é necessário ponderar sobre os riscos associados à sua comercialização como um segmento de mercado.

É inegável que o turismo regenerativo pode ser uma ferramenta poderosa para a promoção do desenvolvimento sustentável, mas a sua transformação em um produto de mercado pode desvirtuar seus objetivos originais. Em muitos casos, o rótulo de “turismo regenerativo” tem sido utilizado mais como uma estratégia de marketing do que como um compromisso real com a resolução dos problemas enfrentados pelos territórios.

A verdadeira essência do turismo regenerativo reside na conexão entre ações práticas e soluções tangíveis para os desafios enfrentados pelas comunidades e pelo meio ambiente. Portanto, é fundamental desvincular essa abordagem de uma simples oferta comercial e enfatizar sua integração em planos de desenvolvimento territorial que considerem a qualidade de vida das pessoas e a preservação do patrimônio cultural e natural.

O papel das cidades no apoio e orientação dos empresários é crucial para garantir que o turismo regenerativo não se torne apenas uma tendência, mas sim uma abordagem duradoura e benéfica para todos os envolvidos. O planejamento estratégico é uma ferramenta fundamental nesse processo, fornecendo diretrizes e metas claras para o desenvolvimento do turismo regenerativo de forma sustentável.

Além disso, a implementação de processos de certificação pode ser uma aliada importante na garantia de práticas éticas e sustentáveis no setor do turismo regenerativo. Certificações reconhecidas internacionalmente podem servir como indicadores de comprometimento com padrões elevados, contribuindo para a credibilidade e confiança dos consumidores.

O monitoramento constante e a avaliação de parâmetros predefinidos são também medidas essenciais para assegurar a eficácia das iniciativas de turismo regenerativo. Isso permite ajustes contínuos e aprimoramentos, garantindo que as ações empreendidas estejam alinhadas com os objetivos de regeneração territorial.

 

O Instituto Aupaba é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, fundada por membros da sociedade civil que atuam interdisciplinarmente e orientados para um futuro mais próspero, justo e consciente.

Aupaba, originária da língua tupi-guarani, expressa o significado de “Terra de Origem”, simbolizando nossa visão do ideal de aprimoramento socialambiental e cultural do território. Para nós, o Turismo vai além de considerações econômicas, sendo um instrumento de transformação social.

*Este é um conteúdo exclusivo do Instituto Aupaba, favor mencionar origem da fonte.

Receba nossa Newsletter